A Comissão Europeia defendeu esta quarta-feira, em Bruxelas, que os benefícios dos protótipos das duas vacinas, cuja comercialização acaba de autorizar para prevenir a gripe A (H1N1), superam os eventuais riscos.
A confiança do executivo europeu nas duas vacinas - a Focetria (laboratório Novartis) e a Pandremrix (GlaxoSmithKline) - foi transmitida pela comissária europeia para a Saúde, Androulla Vassiliou, à Comissão de Saúde Pública do Parlamento Europeu, negando ainda que haja motivos para duvidar da segurança dos fármacos.
"Não há razões para pensar que não seja seguro vacinar grávidas e crianças", disse, acrescentando que "os benefícios superam os eventuais riscos", nomeadamente no caso dos doentes crónicos.
A autorização para a comercialização das vacinas foi recomendada na sexta-feira pela Agência Europeia para os Medicamentos (EMEA).
Apenas quatro dias depois, em tempo recorde, a Comissão Europeia deu a necessária autorização, pelo que as vacinas chegarão ao mercado muito em breve.
Portugal encomendou a Pandremix, que começará a chegar no dia 12 de Outubro.
Ambos os medicamentos autorizados pela EMEA são protótipos de vacina, em que o vírus que as integram é substituído pelo da pandemia que se quer combater, no caso o H1N1.
As vacinas devem ser administradas em duas doses, com intervalo de três semanas e podem também ser usadas em grávidas - um dos grupos prioritários fixados por Bruxelas - e em crianças a partir dos seis meses de idade.
Os profissionais de Saúde e os doentes crónicos são os outros grupos prioritários que o executivo comunitário definiu para a vacinação.
A EMEA recomendou a comercialização das vacinas em causa após terem sido realizados oito mil testes clínicos.
Em Portugal, na semana que decorreu entre 21 e 27 de Setembro foram detectados 1.530 novos casos de síndrome gripal. De acordo com um comunicado do Ministério da Saúde, na semana em causa, 21 doentes tiveram internamento hospitalar. Destes, 6 em unidades de cuidados intensivos, sendo que 5 já estavam internados na semana anterior.
Relativamente à situação clínica, a maioria dos novos casos diagnosticados não registou gravidade.
Na última semana, houve registo de duas mortes, já divulgadas.
Com Lusa